sábado, 29 de outubro de 2011

Eu sou onde os sorrisos morrem.
Não haverá mão que me afague a cabeça, nenhuma que não me queira algo. Tudo que me toca me quer algo, me toma algo. Por isso nenhuma me irá tocar.
Olho de soslaio, mesmo quando de frente, e vejo todo meu destino estendido, assim, como a me estender a mão. E um mar gelado passa entre mim e todo o resto. Eu sei o que tenho a fazer. Mas vou embora, vou como se não houvesse toda uma morte e uma vida a se desenrolarem no meu peito. Nada de mais, digo, na próxima, sim. Mas e se não houver... não haverá uma próxima, haverá?
Por isso hoje usarei vermelho, em homenagem a tudo o que eu não fiz. Em homenagem a tudo que se move em mim, numa corrente adversa a toda a chance. E olharei nos olhos do nada e falaremos a mesma língua.

Um comentário:

  1. Hm, inteiro me remete algo gelado mesmo, que você definiu ali como mar, para algo mais específico, mas que acaba retomando a essência. E inteiro também me chegou bem convicto. Inté.

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