terça-feira, 15 de março de 2011

People Are Strange

"People are strange, when you're a stranger
Faces look ugly when you're alone
Women seem wicked, when you're unwanted
Streets are uneven, when you're down

When you're strange, faces come out of the rain
When you're strange, no one remembers your name
When you're strange, when you're strange, when you're strange"


The Doors

sábado, 5 de março de 2011

Apague a vela


Abra os olhos. O calor perto da orelha é a fonte laranja que, você tem a impressão, quase te queima a ponta dos cabelos. E com a nítida e atraente sensação de que um movimento qualquer te fará derrubá-la ou que a chama andará ao teu redor e por tuas roupas silenciosamente, até que te sumas inconsciente. Mas você nem a olha. Se o silencio é um vácuo, o som preenche e alivia mas não te faz esquecer. Pouco à frente dá para ver, mas há a parede fria de concreto molhado e todas as coisas mortas, o resto não se sabe. A simplicidade da ameaça é a linguagem frenética e sanguínea do entendimento selvagem. O que pode haver na noite que a alma vê em rastros de luz e reflexos rápidos? Pensamentos indistintos deixam indícios e não somem. Mantenha os olhos abertos. Mas se souber que não consegue, vá. Mas destrua os rastros, queime as pontes. Vá por vontade própria e com segurança. Antes de ir

Apague a vela.