O sorriso, máscara que mostra o rosto de sanidade enevoada.
Danika parece normal. Sadia, como diria um alguém qualquer. Parece alguém que aproveita uma boa taça a lembrar de alguma vitória passada.
Seu rosto, que agora descansa seco e suave, parece satisfeito.
Os lábios, que receberam lágrimas de uma solidão imposta, receberam-nas em relutante revolta, e depois em paz, como destino que se sela, beijou suas lágrimas, então, e sorveu sua própria amargura.
A amargura de ter sua dor rejeitada, de ser excluída do sofrimento que à ela, mais que ninguém, cabia. Penar excruciante e duplamente solitário.
Sim, havia estado lá, nos últimos momentos, em contato direto de espírito e dor, mas não de carne. Ela, antes de todos, soube quando aconteceu. E agora não podia se aproximar, se despedir, desfazer-se de sua derradeira conexão com a mais importante parte de sua vida.
Parte das cinzas do que foi sangue e calor sossega plácida no açucareiro.
Danika meche o champanhe, sorve, sorri.