Anseio por alguém que me fale da escuridão.
Que tenha olhos calmos de loucura e nos dedos o suave amargor de fumaça.
Preciso que me carregue na cegueira, até romper a plasticidade da calma.
Que me singularize na seda do silêncio,
conte o que de verdade há na aflição,
o mistério nauseante na massa das horas,
me apresente o voo completo pela casa da noite.
Alguém que me ofereça um café.