Por este amargor fugaz,
entremeando desejos,
extinguindo beijos,
o futuro não deixa paz.
Pela falta de mim,
ou por mim que quero,
por ti que não espero,
e nunca te dou fim.
Pelo peito que silencio,
pelo coração que vendo,
o sorriso que remendo,
no ouvido o arrepio.
Por um antes de outra vida,
e pelo amor de agora,
fique sempre e vá embora
minha solidão querida.
quarta-feira, 24 de dezembro de 2014
segunda-feira, 8 de dezembro de 2014
sábado, 6 de dezembro de 2014
Forgetfulness
My inner monster tells me I'm alive
My blood boils trhough my skin
Shouting, screaming, quietly
The ice castle around me tremble, silent
My throat burns, hurts
It contains the sand of a thousand deserts
With cold hands and warm chest
Hold the despair inside
The craving, haunting
Gutters my mouth
In the silence a color whispers
A voice of soft snake
Calls the darkness crowd
Of my sealed lips
Century and second
Side by side, holding hands
For the sacred spirit of oblivion
My blood boils trhough my skin
Shouting, screaming, quietly
The ice castle around me tremble, silent
My throat burns, hurts
It contains the sand of a thousand deserts
With cold hands and warm chest
Hold the despair inside
The craving, haunting
Gutters my mouth
In the silence a color whispers
A voice of soft snake
Calls the darkness crowd
Of my sealed lips
Century and second
Side by side, holding hands
For the sacred spirit of oblivion
quarta-feira, 3 de dezembro de 2014
Carry Me Over
Com o peito vibrando, sorrio de ponta a ponta, rio sozinha.
Meus olhos a escutam derramando, nadando a voz muito doce pelo ar, e, ainda, forte como a maior das quedas d'água.
Sobre a elegância do salto agulha, se dobra por sobre uma Telecaster muito alto na cintura e toca como se viesse de alguns pares de décadas atrás.
Os cachinhos de Midas, inocentes, cobrem, parcialmente, o olhar que diz "Vocês todos são meus.".
"So, won't you please surrender to me..."
Rio e não sei dizer por quê.
Mas é difícil acreditar que algo não valha a pena.
terça-feira, 21 de outubro de 2014
Quero ser a próxima respiração.
Quando os
ventos brandos não mais fustigarem meus pulmões e nenhuma partícula de luz
puder iluminar minhas memórias, não quero permanecer inteira.
Quero, nesta
hora, que cada peça de mim seja acolhida na beira de um olhar vívido que duvidar do próximo
raiar do sol. Quero, sim, propagar tudo que ainda houver de vida em mim, onde ela precisar continuar, onde eu não mais puder sustentá-la.
E depois, assim
mais leve, quando tudo o que sobrar for cascalho e silêncio, quero que o fogo
leve embora o insustentável peso de ser, e o que mais sobrar, com seu egoísmo,
vaidade e preocupações vãs.
Assim
descarregada, quero, por fim, que me apresentem esta nova face aos cinco ventos
do mundo, e deixem esta vista, agora clara, não ser mais minha. Deixem-me ver
tudo.
Ao fim, antes e
depois, serei a próxima respiração.
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