segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Altiza

Ela era menina e corria quando caiu e arrastou os joelhos e as mãos no chão. Enquanto algumas lágrimas escorriam dos seus olhos, ela olhou para as marcas de sangue nas tábuas de madeira. Ela jamais esqueceria daquilo. Percebeu alí, horrorizada, que o que fazemos deixa rastros.
Aquelas manchas nunca mais saíram da madeira do chão.
E todo sangue que saiu dela, desde então, marcou permanentemente alguma coisa.

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