sábado, 3 de março de 2012

Você é como um nada corrente e branco na existência. Uma dor num membro inexistente. Eu vou correr até não ter mais pernas, vou correr e morrer e você não vai se mover um fragmento do meu tamanho. Comer minha fome e trucidar minha dor, florescer a pedra e atirar a flor. Pintar, desenhar, escrever, falar, respirar. Sinto hoje que estou morrendo. Ainda assim o nada corre em minhas veias e tendões, músculos e neurônios tensos. Carne, roupa e ossos. Sou também um nada. Sou você.

Um comentário:

  1. Um círculo com todas as menos de uma dezena de bilhões de cabeças apertando-se dentro.

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