domingo, 18 de dezembro de 2011

Abro espaço em letras para a luz. Junto as teias que me puxam de volta, uma massa vai se formando com as lagrimas que caem na poeira. Quem estiver do outro lado vai saber que essa luz vem daqui, daqui de onde é mais escuro, aqui onde o ar dá voltas mas sempre para em nossos pulmões. Nessas letras quero dizer pra mim mesma e para todo o nada que resta. Quero dizer o que não sei e apenas faço isso, coisas que a gente faz sem saber de onde. Se em meu passo trôpego derramo de meu copo o teor de meu estado, suponho que o pó que levanta cobre todo o resto que faltava. Nessa treva em que abri letras, espero que não desespere mais ninguém, por ter a luz tão em foco único. Se você vir, dê uma volta, espero te encontrar, poderemos respirar o mesmo ar uma vez, quem sabe entendamos.

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