terça-feira, 2 de abril de 2013

Bela, como a beleza cristalizada em uma forma, um sorriso da natureza, és uma flor. Em todas as pétalas, em delicadeza, suavidade e perfume. Bela e simples, como é.
Deves, então, despedaçar-te em cristal quebrado, em pontas salientes e danos atônitos, transtornar-te pela loucura da mudança.
És bela, flor, porém és apenas flor, que encanta a outros, sem nunca dar-se ao encantamento. Deves despetalar-te, flor, em todas as certezas, porque tua vida cresce e deve crescer, além de árvore ou semente.
E deves, por fim, flor, ser o mundo inteiro além da flor, ver e ser visão, além do teu espaço no chão e do vento que te voou as pétalas.

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