domingo, 7 de agosto de 2011

Guiomar


Guiomar era apenas ela. Não era uma Guiomar, não batia com seu nome. Não era muito bela, nem muito sem graça. Muitos faziam idéia dela. Idéias opostas, pelo seu nome e pela sua completa falta de fama. Falava, sim, tinha amigos, conhecia o dono do armazém, a dona do bar cujo marido morreu, as crianças do bairro. Mas não era uma Guiomar. Era uma mulher de fibra, sim, sorria com certa facilidade, usava vestidos simples, trabalhava. Aí a única coisa que tinha de Guiomar, ela era inegavelmente mulher.

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