segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Despedidas

Hoje me despedi de mim.

Vi a mim passando pela porta, me abraçando e dizendo até mais.

Não soube como me fazer ficar.

Não soube como ficar.

Tonta, não soube dormir.

Andei a casa sem mim.

E não entendi como tinha andado sem mim a vida toda.

2 comentários:

  1. Hm, sei nem como comentar adequadamente. Pareceu-me referência ao salto, ou passagem de fronteira a outra. A morte de um eu - coisa que vi em algum lugar esses dias - pra chegada de um outro. Só que o último verso traz muitas aberturas que eu ainda preciso bater o olho melhor. Seria a significação da necessidade da morte de um eu pra que ficasse um outro que, aí sim, seria o eu "adequado"?

    Ou vai ver eu viajei até o Japão e voltei lendo isso.

    Até mais.

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  2. Lembrei de um trecho do In Vitro. Comento-o aqui em fios 'prosoéticos': "(...)Precisava manter-se inteira, às vezes sentia que era mesmo necessário esse negócio de existir e até agradecia por isso, porque era algo que sempre valia a pena antes de dizer “Boa noite”."

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