quarta-feira, 14 de abril de 2010


Entre uma borboleta
e um pirilampo
(Libélula)



Eu tenho flores nas mãos
Eu pinto flores nos versos
Corro léguas numa estrofe
Entre incertos passos certos

Furta-cor são os meus verbos
Negros... Brancos... Esmeros!
Jogo sementes na terra
Florescem nas luzes da aurora

Curvada sobre o papel
Transcrevo em trechos e prosa
O cantarolar dos sonhos
D'uma meninice formosa

Cobrindo de suor minha testa
Forrando de tinta as minhas mãos
Perder-me-ei no passear da vida sobre a janela

Andarilhos voadores inspiram o gentil poetar
Escuto o conto das histórias pela sombra das árvores
Tento brincar com o lápis e o papel

A brisa então parece virar vento
O vento se espreguiça...
Quero transcorrer o sorriso das montanhas e o cintilar das estrelas

Quero ter a doçura da ninfa
E as asas que ela ganha ao crescer

Mas, porquanto, espero
Num calmo sorriso
Enquanto o sinal está vermelho
E um senhor cochila ao mirar seu próprio umbigo
                        [(em plena rua principal!)


Já não trago mais flores nas mãos...
            Guardei todas nos bolsos!


Geibson Emanuel
Raíssa Guedes
Maria Williane

Nenhum comentário:

Postar um comentário