Entre uma borboleta
e um pirilampo
(Libélula)
Eu tenho flores nas mãos
Eu pinto flores nos versos
Corro léguas numa estrofe
Entre incertos passos certos
Furta-cor são os meus verbos
Negros... Brancos... Esmeros!
Jogo sementes na terra
Florescem nas luzes da aurora
Curvada sobre o papel
Transcrevo em trechos e prosa
O cantarolar dos sonhos
D'uma meninice formosa
Cobrindo de suor minha testa
Forrando de tinta as minhas mãos
Perder-me-ei no passear da vida sobre a janela
Andarilhos voadores inspiram o gentil poetar
Escuto o conto das histórias pela sombra das árvores
Tento brincar com o lápis e o papel
A brisa então parece virar vento
O vento se espreguiça...
Quero transcorrer o sorriso das montanhas e o cintilar das estrelas
Quero ter a doçura da ninfa
E as asas que ela ganha ao crescer
Mas, porquanto, espero
Num calmo sorriso
Enquanto o sinal está vermelho
E um senhor cochila ao mirar seu próprio umbigo
[(em plena rua principal!)
Já não trago mais flores nas mãos...
Guardei todas nos bolsos!
Geibson Emanuel
Raíssa Guedes
Maria Williane
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